Motivação vs Disciplina

Fonte da imgem de capa

Qualquer que seja a tarefa que tenhamos em mãos, existem duas maneiras básicas que nos levam à realização dessa ação: a 1ª, mais popular e frenética é a de tentar a via da automotivação; a 2ª forma é o cultivo de disciplina, e este é uma das mais importantes mudanças de paradigma na vida humana (um pouco como a teoria paradigmática de Thomas Kuhn)

Mas qual a diferença?

 A motivação é um sentimento, algo que leva o ser humano a agir de forma emocional, mas esta é muits vezes vista como necessário para completar uma tarefa,o que está completamente incorreto. E é aí que intervém a disciplina, que contrastando com a motivação faz uma separação clara entre estado de espírito e ação.

 O impacto da disciplina é colossal, especialmente porque uma dependência de uma certa disposição emocional para completar uma tarefa com êxito pode levar a consequências como a procrastinação (uma espera pelo estado emocional para realiza uma tarefa quando na verdade se deveria realizar a ação apenas com o fim em si mesma).

 Se esperarmos até termos vontade natural para realizar ações o resultado será óbvio: um ciclo procrastinatório insustentável, e esse é o problema da motivação: vive no ideal de que devemos fazer apenas o que nos apeteçe quando nos apeteça.

 Não que defenda uma rotina cega, mas penso que os sentimentos devem ser independentes das coisas que conscientemente queremos fazer, tenhamos vontade ou não de as realizar. Não que com isto desregarde a importância da motivação, mas apenas como a inércia inicial que acende a vela, é mantida acesa pela disciplina.

 Mas como se cultiva essa disciplina? Através do desenvolvimento de hábitos: algo que realizemos todos os dias. Ações como escrever um diário, tomar banhos de àgua fria ou meditar 10 minutos diariamente são exemplos de pequenas atividades que podem criar disciplina, se alidas à consistência e a uma resposta rápida.

 Concluindo: os nossos hábitos devem ser escolhidos e planeados de forma consciente e, apartir daí a sua reliazação deve ser feita consistentemente através da persistência, até se tornar algo natural. Esta criação de autodisciplina levará posteriormente a um acréscimo em termos de confiança e otimismo e é a chave para o sucesso a longo prazo.

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6 Comments

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  1. No meu ver, temos que analisar as situações. Existem situações em que é preferível a tua vontade/motivação se sobrepor à disciplina, como por exemplo descansar quando tens algo que fazer, ou comer algo que não deves. Mas temos de analisar as consequências que trás para nós. Neste tema, para mim, não existem nenhuma regra, simplesmente temos de observar a situação, racionalizar e atuar como achamos melhor. Mas é bom lembrarmos-nos que tudo começa na liberdade

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  2. E o instinto? Onde é que fica?

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    • O instinto é algo essencial, mas altamente perigoso. É um dos pilares do conhecimento interior e do planeamento de objetivos, mas não deve passar daí. Muitas pessoas relacionam o instinto com a liberdade, mas discordo dessa linha de pensamento. A liberdade vem a partir das opções criadas quando ocorre o autodesenvolvimento, e esse autodesenvolvimento vem a partir da estruturação da vida a partir da disciplina; caso contrário seremos apenas escravos de nós próprios (dos nossos desejos, estados de espírito, hábitos, circunstâncias externas).

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